Letra e música: Geraldo Vandré
Intérprete: Teresa Paula Brito* (in EP "Para Não Dizer que Não Falei de Flores", Riso e Ritmo, 1968; CD "Teresa Paula Brito", col. Clássicos da Renascença, vol. 61, 2000)
Versão original: Geraldo Vandré (in single "Para Não Dizer que Não Falei de Flores / Se a Tristeza Chegar", Som Maior, 1968)
Caminhando e cantando e seguindo a canção,
Somos todos iguais, braços dados ou não,
Nas escolas, nas ruas, campos, construções,
Caminhando e cantando e seguindo a canção.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber!
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer!
Pelos campos há fome em grandes plantações,
Pelas ruas marchando indecisos cordões;
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão.
Há soldados armados, amados ou não,
Quase todos perdidos de armas na mão;
Nos quartéis lhes ensinam antigas lições
De morrer pela pátria e viver sem razões.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber!
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer!
Os amores na mente, as flores no chão,
A certeza na frente, a história na mão;
Aprendendo e ensinando uma nova lição:
Caminhando e cantando e seguindo a canção.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber!
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer!
* Conjunto de Shegundo Galarza